Pontos nos i e traços nos T

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Há alturas da vida em que temos de o fazer.

Temos de o fazer não porque nos digam, peçam, solicitem ou possam ordenar.

Temos que o fazer, por vontade, necessidade ou somente para arrumarmos a casa da vida.

Existem coisas na vida que vão e vêm, que se afastam e regressam, que por mais voltas que a vida dê teimam em voltar.

Coisas exteriores das quais não dependemos mas estão lá e se cruzam connosco.

Nessas alturas é inevitável que pensemos: ...e, se...?

E, se... decerto não estaria aqui com este presente que me traz alguns ts com pintas e is com traços.
E, por mais voltas que dê, arrumar esta vida é tarefa difícil enquanto persistirem estas trocas.

Os meus casos gráficos.

Curiosamente o que me impede de corrigir, estes is e ts, é este presente porque nele existem todas as outras vogais e consoantes escritas com uma caligrafia, mais ou menos perfeita mas, correctamente desenhada.

Assim, continuaremos a cruzar-nos por mais que pensemos que é a ultima vez e, na incerteza que um i com traço e um t com pinta concedem, permanecerei neste barco flutuando nas águas calmas, deste lago, fazendo figas para que nenhum monstro de Loch Ness venha perturbar esta corrente.

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